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Brasil assume a liderança global no financiamento para descarbonização industrial

Armando Dantas Brasil

Um relatório recente do Climate Investment Funds (CIF) destacou a proposta brasileira para o Programa de Descarbonização da Indústria (IDP) como a melhor entre 26 países elegíveis, posicionando o Brasil na vanguarda mundial no acesso a fundos que visam acelerar a redução das emissões nos setores industriais mais poluentes, como aço, cimento, alumínio e química.

Divulgado em 22 de maio de 2025, o documento independente aponta a coordenação do Ministério de Minas e Energia (MME) por meio do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) como um fator crucial para o sucesso da iniciativa brasileira. A chamada pública de projetos para hidrogênio de baixo carbono, realizada em 2024, antecipou os requisitos do IDP, fortalecendo a competitividade do Brasil para captar recursos internacionais.

A Política Nacional de Transição Energética (PNTE), elaborada pelo MME, foi citada como um pilar essencial para a credibilidade da proposta, consolidando uma estratégia alinhada com os objetivos climáticos e políticas públicas de longo prazo. O relatório destacou a robustez técnica, ambição e viabilidade da proposta brasileira, que conta ainda com um dos mais avançados marcos de transição justa, abrangendo desenvolvimento regional, requalificação profissional e promoção da equidade de gênero.

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, afirmou que o reconhecimento reforça o papel de liderança do Brasil na geração de energia limpa e na transição energética, ressaltando avanços regulatórios que proporcionam maior segurança jurídica para investidores interessados em apoiar a descarbonização do setor industrial.

A chamada pública de 2024 foi realizada em conjunto pelo MME, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e Ministério da Fazenda, com apoio da UNIDO e do governo britânico. O PNH2 visa, até 2035, criar hubs de hidrogênio de baixa emissão em diferentes regiões do país, promovendo a inovação e sustentabilidade industrial.

Com a avaliação final do CIF prevista para junho, o próximo passo será a formulação de um plano de investimentos, elaborado em parceria com o MDIC e o Ministério da Fazenda, com o suporte de instituições multilaterais como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a UNIDO, para garantir a implementação efetiva dos projetos aprovados.

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